
Trabalhar oferencendo uma diversidade de materiais plásticos, no consultório, mostrou-se uma excelente solução para o atendimento destas crianças. A ideia é poder fazer com que suas produções e vivências pudessem, paulatinamente, encontrar um contexto, um sentido. Propomos construções que contextualizassem sua expressão cotidiana, com a perspectiva de resgatar o contexto de sua história a que estas inscrições remetem. Pois a experimentação concreta é o
que possibilitava a estas crianças começarem um trabalho de encadeamento de
suas vivências. O que observávamos é que a expressão comporta o registro do
vivido, da fala e do desejo .
“Construir tudo que vem à sua cabeça” passou a
ser o mote destes atendimentos em atelier. Sentença que se mostrou extremamente atrativa para
estes jovens, na faixa etária dos nove aos quatorze anos, momento em que
associar livremente apenas com palavras parece estar inibido ou latente. Passei, então a adotar a construção com sucatas como instrumento
de trabalho.

MIra Wajntal in: Bialer, M (Org.) - O trabalho PSI na Saúde Pública. Editora novo conceito,Riberão Preto, 2011
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