Tirar
a chupeta de nossos pequenos é sempre um tema de nosso interesse. Depois do
primeiro ano de vida, nenhum dos pais acha legal seu uso, mas tem enorme
dificuldade em tirá-la. A criança acaba então utilizando-a até depois dos dois
anos.
Nesta ocasião, ela pode ser um fator que prejudique a aquisição da fala. E os pais começam a ir atrás das receitas e de uma almejada solução milagrosa. Todo mundo terá uma história para contar: algumas bem sucedidas, outras sofridas. Há crianças que reagem muito bem e colaboram, sentindo que estão crescendo, outras ficam enfurecidas investindo todo seu ódio contra os pais.
Nesta ocasião, ela pode ser um fator que prejudique a aquisição da fala. E os pais começam a ir atrás das receitas e de uma almejada solução milagrosa. Todo mundo terá uma história para contar: algumas bem sucedidas, outras sofridas. Há crianças que reagem muito bem e colaboram, sentindo que estão crescendo, outras ficam enfurecidas investindo todo seu ódio contra os pais.
Recentemente
passei por uma situação que me ensinou muito sobre o tema. Já vinha tentando
tirar a chupeta da Filha de 2 anos, há alguns meses. Ela abusava de sua chupeta.
Qualquer frustração a procurava, não queria tirá-la para brincar e, por fim,
nem queria tirar para falar. Embora ela tenha uma boa aquisição da fala, esta
estava visivelmente ficando comprometida.
O
primeiro passo foi ensiná-la a não utilizar a chupeta durante o dia, mas apenas
para dormir. Depois a investida foi que ela jogasse fora a chupeta. Mas, como?
Jogar fora?
Entramos
em uma loja e dissemos o seguinte: “Escolha o que você quiser que quando você
parar de chupar chupeta vamos lhe dar”. A loja era maravilhosa e qualquer
criança lá fica seduzida, não foi difícil escolher coisas muito interessantes
para ganhar quando jogasse fora a chupeta. A lojista - esperta esta lojista, logo
comentou: sabe, eu conheço uma fadinha que guarda as chupetas e te dá o
presente que você quiser”. Não precisa nem dizer que os olhos dela brilharam. “Eu quero, eu quero dar minha chupeta para fadinha!”.
Pois
é, e nós pais insensíveis queríamos jogar fora àquilo que é um objeto de amor
da criança! Quantas vezes esta chupeta já não havia ido para o lixo sob o olhar
angustiado da nossa filha, que minutos depois entrava em desespero para reavê-la.
Nem conseguimos nos lembrar que introduzimos a chupeta provavelmente para, de
alguma forma, nos substituir. Que insensibilidade...
Embarcando
na deixa da lojista, contamos que a fada transformaria a chupeta dela em
estrelinha e, nas noites bonitas ela, a Flávia, poderia vê-la. Às vezes são
espertos os pais.
Uma
semana depois, levamos suas chupetas para a fadinha. Missão executada, e
naquela primeira tarde, na hora do soninho um pouco de choro, 15 minutos
exatamente, e nada de dormir. Fomos à Festa Junina da escola e, no fim de tarde,
após a festança uma estrela aparece no céu. O pai mais que de pressa
mostrou: “Olhe sua chupeta que virou estrela!”
Ela
olhou emocionada, suspirou. Antes de dormir, foi até a janela, deu mais algumas
suspiradinhas saudosas, mas se deitou sem pedir pela chupeta.
Ela
ainda tem um pouco de dificuldade de adormecer e, às vezes, fica a olhar as
estrelas com saudosismo, mas está muito orgulhosa pela conquista.
Podemos tirar a seguinte lição: se quisermos
tirar a chupeta da criança, devemos lhe conferir seu verdadeiro valor. Para ela
não são objetos que ficaram obsoletos como para nós. São objetos amados e, às
vezes, até considerados como parte do próprio corpo. Portanto devemos trata-los
assim.
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Mira